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Julho Amarelo: Hepatites Virais são uma epidemia silenciosa.
Entenda o que são as hepatites virais, seus sintomas, formas de prevenção e tratamento. Saiba por que o Julho Amarelo é crucial para o diagnóstico e combate a essa doença.

O mês de julho é dedicado à conscientização sobre as hepatites virais e também é conhecido como Julho Amarelo. A cor remete a um dos sintomas mais conhecidos da doença, a icterícia (pele e olhos amarelados), mas o verdadeiro alerta é sobre algo muito menos visível: as hepatites virais são doenças silenciosas e podem ser letais.
Neste artigo, a Medlar Saúde explica tudo o que você precisa saber sobre as hepatites virais, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento.
O que são hepatites virais
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, causando inflamações que podem ser leves, moderadas ou graves. O grande perigo é que, geralmente, a doença não manifesta sinais claros em sua fase inicial.
A infecção pode evoluir por décadas até que o dano ao fígado seja severo o suficiente para manifestar sintomas. Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, estima-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas no mundo morrem por problemas associados a essa condição, levando a quadros de fibrose avançada, cirrose ou até mesmo câncer de fígado.
No Brasil, mais de 750.000 casos de infecção por hepatite foram confirmados entre 2020 e 2022.
Tipos de Hepatite Viral
Existem 5 tipos de vírus que causam hepatite: os vírus A, B, C, D e E. No Brasil, os mais comuns são os tipos A, B e C. Cada um tem formas de transmissão, prevenção e tratamento distintas. A detecção de cada tipo é realizada por exames de sangue, quando solicitado pelo médico. A seguir, vejamos as semelhanças e particularidades de cada um.
Hepatite A
É causada pelo vírus A (HAV), sua transmissão é fecal-oral, principalmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Está diretamente ligada a baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal.
Quando presentes, os sintomas incluem:
- cansaço;
- febre;
- mal-estar;
- enjoo;
- dor abdominal e
- pele/olhos amarelados.
A principal forma de prevenção é a vacina, disponível gratuitamente no SUS. Melhorias na higiene e no saneamento são fundamentais para evitar a propagação da hepatite A. Não há tratamento específico e a hepatite A pode evoluir até a fase aguda, mas raramente se torna grave.
Hepatite B
É causada pelo vírus B (HBV), pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, contato com sangue contaminado e da mãe para o filho durante a gestação ou parto, ou amamentação.
Na maioria dos casos, não apresenta sintomas na fase inicial, o que a torna perigosa, pois pode evoluir para uma forma crônica: é uma inflamação que dura mais de seis meses e pode danificar o fígado permanentemente.
A melhor prevenção é a vacina, oferecida no SUS gratuitamente. O uso de preservativo também é essencial. O tratamento para a forma crônica visa controlar a replicação do vírus, mas ainda não há uma cura.
Hepatite C
É causada pelo vírus C (HCV), sua transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado. Isso inclui:
- o compartilhamento de agulhas, seringas;
- materiais de manicure e
- tatuagem ou piercing não esterilizados corretamente.
Essa** **é a mais traiçoeira das hepatites: cerca de 75% dos casos de hepatite C se tornam crônicos e evoluem para a cirrose, o que aumenta o risco de câncer no fígado. Infelizmente, não existe vacina contra a hepatite C.
A prevenção se baseia em não compartilhar objetos pessoais que possam ter contato com sangue. O tratamento contra hepatite C é realizado pelo SUS com medicamentos antivirais, com taxas de cura superiores a 95%.
Hepatite D
Conhecida como hepatite Delta, só se desenvolve em pessoas que já estão infectadas com o vírus da Hepatite B. Portanto, sua forma de contaminação por hepatite D também se dá por qualquer forma de contato com sangue contaminado ou fluidos corporais. A vacinação contra Hepatite B.) já evita o contágio pelo vírus da Hepatite D.
Hepatite E
Assim como a hepatite A, seu contágio se dá pelo contato com fezes de pessoas contaminadas, por isso, os cuidados com higiene pessoal são essenciais. Os sintomas também são semelhantes aos da hepatite A:
- cansaço;
- febre;
- mal-estar;
- enjoo;
- dor abdominal e
- pele/olhos amarelados.
Conforme o Manual MSD, a hepatite E geralmente ocorre em países com problemas de saneamento como Peru, México, China, Índia, Rússia, e países da África Central e África da Norte.
A Importância do Diagnóstico e do Tratamento
O Julho Amarelo reforça que a testagem é fundamental. O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que detectam antígenos ou anticorpos, dependendo do tipo de hepatite.
Em casos de hepatite crônica já diagnosticada (principalmente B e C), o médico pode solicitar exames complementares, como a biópsia hepática, para avaliar o grau de inflamação e dano no fígado.
Para pacientes que enfrentam as formas crônicas das hepatites, especialmente quando há um diagnóstico de câncer hepático, o acompanhamento médico contínuo é essencial. Nessa jornada, o suporte de uma equipe qualificada e o conforto do ambiente familiar fazem toda a diferença para a qualidade de vida.
Aqui, na Medlar Saúde, nosso compromisso é oferecer um cuidado humanizado e integral no conforto do lar. Nossa equipe multidisciplinar está preparada para dar o suporte necessário no manejo de doenças crônicas, garantindo o bem-estar físico e emocional do paciente e tranquilidade para sua família.
Esperamos que esse artigo possa ajudar você e sua família a prevenir contra o contágio com as hepatites virais. Se você ou um familiar precisa de apoio no cuidado à saúde, convidamos você a conhecer nossas soluções de assistência domiciliar.